Peço aos meus leitores desculpas do tamanho da nossa Coca-Cola e já vos esclareço a situação: trabalho em turno integral, estudo à noite, faço freelas pra complementar a renda (não, eu não recebo da Coca-Cola pra alimentar o blog) e estou em vias de lançar 2 livros (você não fazem ideia da correria que é lançar um livro, quem dirá 2 - e era pra ser 3).
Como aqui é trabalho voluntário, a gente vai empurrando pra quando der aquela folguinha, aquele minutinho depois de terminar o trabalho, depois da última revisão, depois do expediente e quando vê, passou o mês e o post não nasceu.
Mas enfim, eu já pago terapia pra não precisar ficar desabafando com vocês, certo? Então bora pro post! (3 parágrafos depois!).
Ano passado, como todo mundo sabe, a Coca-Cola lançou uma edição limitada de cereja e de baunilha. Não consegui achar dados de vendas, mas pelo que eu acompanhei desde seu lançamento, os sabores foram muito mais populares entre colecionadores do que entre consumidores comuns, talvez aí entre a grande sacada em fazer edição limitada.
O grande problema do lançamento de um novo produto é justamente o risco de um investimento gigante em embalagem, desenvolvimento do produto, distribuição e comunicação para o mesmo ser rejeitado. Foi, inclusive, o que aconteceu com a própria Cherry Coke lançada originalmente no Brasil na década de 90.
A Cherry Coke chegou com sua embalagem roxinha e não vingou. Lembro que eu já era uma criança apaixonada por Coca-Cola e fiquei profundamente decepcionada porque o troço era ruim mesmo. O resultado foi óbvio: saiu de linha logo depois.
No fim das contas a Coca-Cola é meio vacinada nesse lance de as coisas não saírem conforme o planejado; em 1985 foi criada a New Coke, que não era um sabor novo, mas a mudança da fórmula da própria Coca-Cola e a estratégia é considerada uma das maiores lições do mundo corporativo de todos os tempos, já que o fracasso foi estratosférico.
A New Coke durou 77 dias no mercado, e foram 77 dias de desespero e correria porque a recepção não poderia ter sido pior. O resultado foi o lançamento da Coca-Cola Classic logo depois, que nada mais é do que a Coca-Cola de sempre.
Mas retomando o tema, ano passado então foram lançados os sabores cereja e baunilha e geraram notícia. Na Europa, esses dois sabores fazem parte do catálogo da marca e talvez essas edições limitadas sejam um ensaio para fazer o mesmo no Brasil.
Agora, essa semana, a Coca-Cola lançou outra novidade: edição limitada de limão siciliano e laranja. Esses sabores, ao contrários dos outros dois, tem o Brasil como um laboratório, já que os únicos países do mundo a recebê-los são Turquia e Japão. A novidade deve ter chegado em quase todo o Brasil ao longo dessa semana - já que o anúncio foi feito segunda, dia 6 (desculpe o atraso, gente, realmente não deu tempo antes). Fica de fora a região Norte, sabe-se lá porquê.
Ainda não sabemos se Cherry e Vanilla voltam oficializadas no catálogo da marca ou se daqui a 20 anos a Coca-Cola tenta de novo, ou se tudo isso é um teste de mercado ou apenas edições limitadas mesmo, mas, segundo a InfoMoney, a Coca-Cola não vai parar por aí; virão no futuro outras edições limitadas de novos sabores.
Aguardemos!
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